JV

Marqués de Tomares e Don Román

Bons Riojas e um espumante campeão no quesito preço/qualidade

Marcos Pivetta/www.jornaldovinho.com.br

27/02/2007

Na noite de quarta-feira, dia 14/02, Oscar Montaña, gerente de exportações da Unión de Viticultores Riojanos S.L, bodega da família Montaña, situada em Fuenmayor, na Rioja Alta, nordeste da Espanha, comandou uma degustação de alguns de seus rótulos das linhas Don Román e Marqués de Tomares na sede da Associação Brasileira dos Sommeliers de São Paulo (ABS-SP). Um espumante (cava) e quatro tintos foram provados. Segundo Oscar, a vinícola procura fazer vinhos para serem bebidos à mesa, nas refeições, e não produtos destinados a ganhar degustações em concursos. Ou seja, a bodega espanhola prefere manter um estilo mais tradicional em seus tintos, sem despejar no mercado vinhos extremamente concentrados, como anda em moda hoje em dia em quase todo o mundo, até mesmo na Rioja.

Todos os tintos têm como base a grande uva espanhola, a Tempranillo, que responde por 85% a 90% de seu conteúdo, e são complementados com uma pitada das cepas Mazuelo e/ou Graciano. Os produtos da Unión de Viticultores Riojanos são trazidos ao Brasil pela Casa Flora de São Paulo e pela Porto a Porto de Curitiba. Para entender o sistema de cotação de vinhos aqui usado, consulte esta página.

Degustação:

Marqués de Tomares Gran Reserva 1996 (12,5% GL, R$ 155): Envelhecido por 24/30 meses de dois anos em carvalho norte-americano. Só começa a ser vendido depois de ter passado mais mais 40 meses afinando em garrafa. O vinho mais concentrado e evoluído da prova, com a cor granada bem presente nas bordas do corpo. Aromas de trufas, passas e um pouco de carvalho. De corpo médio, já arredondado pelo tempo, apresenta bom final de boca e uma acidez surpreendente. Não é um Rioja dos mais potentes, mas passa bem após 11 anos de vida. ****

Marqués de Tomares Reserva 1999 (13% GL, R$ 82): Depois de envelhecido por dois anos em carvalho norte-americando, fica mais 24 meses em garrafa antes de ir para o mercado. O vinho tem cor rubi, levemente evoluído. Aromas de folhas, tostado, Redondo na boca. Pronto para beber, mas aquenta mais algum tempo de garrafa. Boa persistência de boca. ****

Dom Román Brut (11.5% GL, R$ 32): Cava feito na Catalunha pelo método tradicional (champanhês), com um mistura das uvas locais Macabeo, Xarello e Parellada. Tem boa espumatização, cor verdeal/amarelo claro. Aromas minerais, de pão tostado e cítricos. Bastante fresca e leve. Tem preço muito competitivo mesmo diante dos bons espumantes nacionais. ***½ boa compra

Marqués de Tomares Crianza 2003 (13% GL, R$ 45): Tinto à base de Tempranillo, com um pouco de Mazuelo e Graciano. Envelhecido um ano em barris de carvalho mistos, com uma parte da madeira proveniente dos Estados Unidos e outra da França. Aromas de resinas, bala Toffe, madeira e frutas vermelhas. Macio, mas num estilo meio novo-mundista demais. ***

Don Román 2004 (13% GL, R$ 31): Tinto para consumo jovem, feito com 90% de Tempranillo e 10% de Graciano. Pouco mais da metade do vinho passa pelo processo de maceração carbônica, o mesmo usado na produção do francês Beaujolais Nouveau. Envelhecido por apenas 3 meses em carvalho norte-americano. Aromas frutados e de baunilha. Corpo leve e boa acidez. Simples, mas gostoso. *** BOA COMPRA

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