JV

Charme e gastronomia na rota do vinho nacional

Com hotéis, restaurantes e boas vinícolas, o Vale dos Vinhedos se firma como roteiro turístico na Serra Gaúcha

Marcos Pivetta/www.jornaldovinho.com.br

31/08/2008
Parreirais da Lidio Carraro no Vale dos Vinhedos (Foto: Marcos Pivetta)

As construções de pedra traem a origem de seu povo simples, educado e trabalhador. Adornadas por plátanos e fileiras de parreiras ao fundo, essas casas rústicas compõem uma paisagem que leva o viajante a se imaginar, por alguns instantes, à beira de um vinhedo da Toscana, um cenário rural tantas vezes explorado por filmes de Hollywood e escritores de viagem. A culinária colonial da região reforça a sensação de estarmos num canto da Itália campestre. A fumegante sopa de capelete de entrada, o tenro galeto al primo canto como prato principal, a fartura de salames, copas, polentas, queijos – e vinhos, claro – sobre a mesa, tudo isso alimenta o corpo e a alma com fartas doses de uma Itália imaginária, que existe mais na cabeça do viajante do que no mundo real. Mas ali se fala um português com sotaque gaúcho. Reconheçamos: sim, estamos no Brasil, só que num Brasil diferente. Mais precisamente em Bento Gonçalves, próspera e acolhedora cidade da Serra Gaúcha com pouco mais de 100 mil habitantes, herdeira da cultura da vinha trazida pelos imigrantes italianos, sobretudo do Vêneto, que ali se instalaram no final do século XIX.

Até uns dez anos atrás, a região de Bento Gonçalves, maior produtora de vinhos finos do país, era um destino secundário da Serra Gaúcha. Ofuscada pelo charme alpino da dupla Gramado e Canela, cidades tipicamente turísticas a cerca de 120 quilômetros dali, a capital do vinho brasileiro era uma parada complementar, opcional e quase burocrática num roteiro de viagem pelo Sul. Naquela época, o vinho brasileiro ainda não era grande coisa (hoje melhorou muito) e o enoturismo mal engatinhava no país. O principal programa ligado ao mundo dos fermentados de uva era então visitar as instalações da Cooperativa Aurora, bem no centro cidade. O turista assistia a um vídeo sobre a produção da bebida, percorria corredores com velhas pipas de madeira e provava alguns rótulos antes de ir embora. Muitas vezes, saía de Bento Gonçalves sem ter posto os pés num vinhedo ou sequer trocado duas palavras com um produtor de vinho.

Tudo começou a mudar quando o Vale dos Vinhedos, um pacato distrito distante apenas 5 quilômetros do centro de Bento Gonçalves, elegeu fortalecer o enoturismo a partir da segunda metade da década passada. Em 1995, nascia a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale). Seus sócios fundadores eram seis vinícolas (Miolo, Casa Valduga, Cordelier, Dom Cândido Don Laurindo e Vinhedos 15 da Graciema). Hoje, treze anos depois, a entidade conta com 31 produtores de vinho e 25 membros ligados à prestação de serviços indispensáveis ao viajante: hotéis, pousadas, restaurantes, queijarias e lojas de artesanato. A melhoria da qualidade do vinho fino nacional, impulsionada pela modernização das vinícolas e por uma sucessão sem precedentes de boas safras na Serra Gaúcha (99, 2002, 2004 e sobretudo 2005), foi decisiva para projetar nacionalmente a região. Os espumantes têm nível internacional, e os tintos à base de Merlot parecem ser uma boa aposta. No final de 2002, houve outro impulso em prol da qualificação: o vale se tornou a primeira zona oficialmente delimitada no Brasil a ganhar o direito de colocar nos seus produtos (no caso, os vinhos) um selo de Indicação de Procedência Geográfica, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O selo não garante que o vinho seja bom, mas assegura que as uvas usadas para fazer a bebida são dali mesmo, da área demarcada no Vale dos Vinhedos. A zona delimitada abrange 81 quilômetros quadrados. O maior trecho do vale está no município de Bento Gonçalves, mas há pequenas porções nas cidades de Garibaldi e Monte Belo do Sul.

Villa Europa Hotel & Spa do Vinho Caudalie Vinothérapie: uma das mais novas atrações do vale (Foto: Divulgação)

Com todas essas boas notícias, o pacato distrito de Bento Gonçalves foi virando, aos poucos, uma versão nacional das rotas do vinho encontradas nas principais zonas vitícolas da Europa. E um sucesso de público. “O Vale dos Vinhedos recebeu mais de 120 mil turistas no ano passado”, festeja o enólogo Luís Henrique Zanini, presidente da Aprovale e um dos donos da Vallontano (Rodovia RS 444, km 16), uma pequena e boa cantina do Vale dos Vinhedos. “Em 2001, esse número não chegava a 45 mil.” Em Bento Gonçalves, como nas zonas italianas onde se elabora vinho, cantina quer dizer quase sempre vinícola – e não um restaurante popular de comida italiana. Vá se acostumando com os termos típicos da região.

Ao longo de pouco menos de 30 quilômetros de estradas, asfaltadas em quase todos os trechos, o vale oferece ao viajante quase tudo que importa num roteiro por uma zona produtora de tintos e brancos: belas paisagens naturais; noções práticas e teóricas sobre produção e degustação de vinhos; boa comida (e bebida) e opções cada vez mais diversificadas de hospedagem. As distâncias entre uma vinícola e outra podem se resumir a alguns metros, mas na maioria dos casos chega a uns poucos quilômetros. Portanto, é bom ter um carro à mão para agilizar os passeios. Convém também ligar para as vinícolas e agendar uma visita para degustar os vinhos e conhecer as instalações. Esse procedimento não é obrigatório, mas pode garantir um atendimento especial nas pequenas casas produtoras da bebida. Normalmente, as vinícolas abrem no horário comercial durante a semana, aos sábados e, não raro, até aos domingos. As visitas são gratuitas ou a um custo módico, entre R$ 5 e R$ 15. Custo que pode nem ser cobrado se você adquirir algum vinho da casa no final da visita…

A quantidade de rótulos oferecidos para degustar varia de acordo com a política de cada estabelecimento. Em geral, os produtores disponibilizam seus vinhos mais básicos e os de nível médio, que dificilmente somam menos do que meia dúzia de garrafas. Na gigante Miolo (RS 444, Km 21), por exemplo, é possível experimentar cerca de trinta vinhos, entre espumantes, tintos, brancos e rosés. Nem sempre os produtos mais caros e badalados são ofertados aos turistas. Mas mostrar conhecimento ou interesse genuíno pela bebida pode abrir portas – e rolhas – nos produtores menores. Não se sinta obrigado a comprar vinhos em todas as vinícolas que parar. Nas cantinas menores, é um gesto simpático adquirir uma garrafa – desde que você realmente tenha apreciado a bebida. Se você se arrependeu de ter comprado algum vinho diretamente do produtor, não se desespere. Em Bento Gonçalves, há locais que vendem esses rótulos pelo mesmo preço da vinícola (ou ligeiramente maior), como a churrascaria Ipiranga (Rua Olavo Bilac 200, Cidade Alta) e a bonita e nova loja Vinhos & Vinhos (Centro Comercial Benvenutti, RST 470, Km 221,6)

A menos que o vinho seja realmente uma paixão, é bobagem conhecer mais do que três vinícolas num dia. Visitar muitos produtores pode tornar o passeio cansativo e repetitivo. As histórias familiares em torno do vinho se repetem e as explicações sobre os métodos de elaboração da bebida tendem a ser bem parecidas na maior parte dos produtores. O ideal é mesclar paradas em grandes vinícolas com visitas a estabelecimentos menores. Apesar do atendimento mais impessoal, feito em geral por funcionários uniformizados, as empresas de maior porte dispõem de boa estrutura para acolher o viajante. É o caso da Miolo, da Casa Valduga (Linha Leopoldin, s/n°), da Aurora (no centro da cidade) e da Salton (dona de um prédio belíssimo, só que situado num outro distrito de Bento Gonçalves, em Tuiuty, fora do circuito do Vale dos Vinhedos). Além de elaborarem rótulos de caráter mais artesanal, os pequenos produtores costumam compensar a falta de estrutura para receber o turista com muita simpatia. “Aqui sempre tem alguém da família para atender as pessoas”, diz a jovem Patrícia Carraro, diretora de marketing e de vendas da Lidio Carraro (RS 444 – Km 21). Quando Patrícia não está na cantina, é provável que um de seus irmãos, Giovanni ou Juliano, todos com menos de 30 anos, faça as honras da casa. Na Pizzato (Linha Leopoldina, s/n°) ou na Angheben (RS 444, Km 4,), também pequenos produtores de qualidade, o clima familiar é mais ou menos o mesmo.

Não se esqueça de cuspir fora os vinhos que provar nas vinícolas, sobretudo se você for o motorista do automóvel. Não é falta de educação fazer isso numa degustação: pelo contrário, trata-se de um ato de civilidade. Poucas vinícolas têm cuspidores, o que, no entanto, não deve ser motivo para acanhamento. Peça um copo extra e descarte o vinho nele. Compre uma garrafa para beber, com calma, depois ou faça isso quando estiver na mesa do restaurante. Por falar em comida, a melhor refeição colonial da cidade, com direito a sopa de capelete, galeto e sagu de sobremesa, é no Giuseppe (Centro Comercial Benvenutti, RST 470, Km 221,6). Estrelado no Guia 4 Rodas, o restaurante fica na estrada que liga Bento Gonçalves a Garibaldi e só abre para almoço. O Canta Maria (RST 470, Km 217), ao lado da pipa-pórtico na entrada da cidade, é uma opção para grelhados. Depois de se fartar com a culinária local, você vai querer variar o cardápio. Bem na entrada principal do Vale dos Vinhedos, a vinícola Cordelier (RST 470, Km 219,7 ) tem um bonito restaurante, o Don Ziero, com pratos da cozinha italiana contemporânea. Lanches rápidos ou refeições menos formais podem ser feitos no Café Vallontano, situado em frente à vinícola homônima, ou no recém-aberto bistrô Vin Caffé, que funciona no mesmo prédio do Giuseppe.

Embora a cidade de Bento Gonçalves disponha de opções de acomodação para todos os bolsos (só a rede Dall’Onder tem três hotéis destinados a públicos diferentes), quem quiser ficar perto dos parreirais deve se instalar no próprio Vale dos Vinhedos. Se estiver com crianças, faça o check-in no Hotel Villa Michelon (RS 444, Km 18,9 ). Os quartos são espaçosos, a piscina coberta é aquecida e há locais para as crianças brincarem tanto ao ar livre quanto internamente. Caso queira uma hospedagem num local charmoso e sossegado, em casas de pedra no estilo colonial italiano, mas com uma decoração descolada, opte pela Pousada Borghetto Sant’Anna (Linha Leopoldina, 868). Se seu sonho é ficar hospedado dentro de uma vinícola, uma boa escolha é a Casa Valduga. Tradicional produtor de vinhos de médio para grande porte do Vale dos Vinhedos, a vinícola conta com pousada e restaurantes (um deles com refeição colonial) e oferece cursos de degustação para os visitantes. “Dez por cento do nosso faturamento vem do movimento dos turistas”, diz o enólogo João Valduga, comandante da empresa familiar.

A mais nova opção em hospedagem no Vale dos Vinhedos é também a mais sofisticada, com serviços diferentes de tudo que se encontra na região. Em setembro do ano passado, entrou em funcionamento o Villa Europa Hotel & Spa do Vinho Caudalie Vinothérapie, bem em frente à portentosa sede da Miolo, um dos sócios, aliás, do empreendimento que consumiu R$ 35 milhões. O hotel de Bento Gonçalves é a quinta franquia no mundo – e a primeira na América do Sul – do spa do vinho original de Bordeaux, Les Sources de Caudalie, pertencente aos donos do Château Smith Haut-Lafitte. É um spa para descansar e fazer tratamentos de beleza à base de banhos e produtos com substâncias derivadas da uva ou do vinho, como os polifenóis. “Os tratamentos não são só para evitar o envelhecimento, mas também para regenerar e limpar a pele”, diz Deborah Villas-Boas Dadalt, vice-presidente da construtora Prisma, um dos donos do empreendimento. O Villa Europa não é um lugar para perder peso. Até porque dificilmente você voltará para casa da Serra Gaúcha sem alguns quilos extras na bagagem. E o elegante spa-hotel, cujos serviços e restaurante são abertos também a não-hospedes do estabelecimento, não descuida da gastronomia. Tem cardápio feito por chef francês, vinho próprio da casa e uma adega com 700 rótulos, entre nacionais e importados.

Caso o viajante ainda não esteja cansado de tanto degustar vinhos e ver tanques de aço inox e barris de carvalho, vale a pena dar uma esticada até o distrito de Pinto Bandeira. Por meio de uma estrada sinuosa, chega-se a um dos melhores produtores de espumantes do Brasil, a Cave de Amadeu (Linha Jansen, s/n°), pertencente ao enólogo chileno Mario Geisse. Se gostar mesmo de Pinto Bandeira, região bastante montanhosa e ainda mais sossegada que o tranqüilo Vale dos Vinhedos, pode até ficar hospedado na pousada da vinícola Don Giovanni (VRS 805, Linha Amadeu 28, Km 12). E saborear os bons espumantes da casa. Nas próximas férias de inverno (ou verão, se você quiser ver a colheita da uva), esqueça Gramado e Canela por um instante e mergulhe na terra do vinho.

Com o queijo e faca na mão

Há programas interessantes fora do Vale dos Vinhedos. A cidade de Bento Gonçalves, cujo pórtico na entrada principal tem o formato de uma pipa gigante de vinho, não chega a ser uma atração em si. Mas de sua estação ferroviária sai diariamente na alta temporada um passeio de Maria Fumaça que, em cerca uma hora e meia, percorre 23 quilômetros. O trem passa pelo município vizinho de Garibaldi e pára na cidade de Carlos Barbosa, onde há um pequeno show musical na estação. Durante o trajeto, há também cantoria de músicas típicas italianas e gaúchas e, nas paradas, são servidos sucos de uva e espumante barato. O passeio na locomotiva a vapor está longe de ser um programa imperdível, mas as crianças podem gostar. Qualquer hotel da região tem informações sobre como comprar o ingresso para o tour ferroviário.

Em Carlos Barbosa, o turista está, literalmente, com a faca e o queijo na mão. Com 24 mil habitantes, a cidade é famosa localmente pela produção de queijos e laticínios e abriga a sede do grupo Tramontina. Uma enorme variedade de talheres, panelas e outros utensílios de metal podem ser comprados numa loja de fábrica destinada ao varejo bem no centro da cidade. Os preços nem sempre são uma pechincha, mas a diversidade de itens seduz. De volta a Bento Gonçalves, não deixe de visitar o distrito de São Pedro, distante 6 quilômetros do centro da cidade. Ali você pode fazer de carro um roteiro chamado Caminhos de Pedra, composto por pelo menos uma dezena de construções coloniais italianas em pedra e madeira que estão sendo reformadas aos poucos. Uma parada na loja da Casa da Ovelha (Linha Palmeiro, 400), uma bela construção de madeira restaurada, é obrigatória. Os queijos são bons, mas não deixe de provar os cremosos iogurtes feitos com leite de ovelha. Se não fizer o passeio pelos Caminhos de Pedra, passe numa loja da Casa da Ovelha em Bento Gonçalves para conhecer o iogurte.

Como chegar

Chegar a Bento Gongalves não é complicado. Pegar um avião até Caxias do Sul deixa você a apenas 40 quilômetros da cidade, uma viagem de menos de uma hora de carro. Se optar por desembarcar em Porto Alegre, será preciso viajar duas horas de automóvel até chegar à região dos vinhedos. Ainda assim, essa pode ser uma escolha mais vantajosa. O aeroporto da capital gaúcha é abastecido por mais vôos, vindos de diversas partes do país, e fecha para pousos e decolagens com menor freqüência do que o de Caxias, onde, nos dias frios, a névoa espessa costuma restringir o tráfego aéreo. Não leve para casa muitos vinhos na bagagem. Mais de uma ou duas caixas pode dar excesso de peso na viagem volta.

O léxico do vinho

Muita gente acredita que a vocação da Serra Gaúcha, em especial do Vale dos Vinhedos, esteja na produção de espumantes e talvez em vinhos tintos à base da uva Merlot. O tema gera infindáveis discussões entre os entendidos. Você não precisa entrar nesse debate. Basta conhecer alguns termos e expressões básicos do léxico do vinho para não fazer feio numa degustação ou à mesa do restaurante.

Uva fina – Assim é chamada toda variedade de uva pertencente à espécie Vitis vinifera, ideal para a elaboração de vinhos finos. Merlot, Cabernet Sauvignon, Tannat, Pinot Noir, Chardonnay, Riesling (e milhares de outras cepas mundo afora) são uvas finas.

Varietal Vinho feito exclusivamente ou majoritariamente com uma única variedade de uva fina. Um varietal de Merlot ou de Cabernet Sauvignon, por exemplo.

Corte – Vinho composto pela mistura de vinhos provenientes de mais de uma variedade de uva. Um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat é um vinho composto pela mescla de vinhos dessas três uvas. Em francês, usa-se o termo assemblage. Em inglês, blend.

Merlot – Costuma dar vinhos macios e opulentos, com boa fruta, mais fáceis de beber que os rótulos feitos com Cabernet Sauvignon. É apontada por muito conhecedores como a cepa tinta mais bem adaptada à Serra Gaúcha.

Cabernet Sauvignon – Mais famosa uva tinta do mundo, originária de Bordeaux. Dá vinhos varietais ou blends, misturada em geral com a Merlot. Tem muitos taninos, compostos que dão a sensação de amarrar a bocas. Seus aromas mais característos são de cassis, cedro e pimentão.

Tannat – Variedade de origem francesa que hoje é a cepa emblemática do Uruguai. Seus vinhos são muito encorpados (mais do que os elaborados com Cabernet Sauvignon) e escuros. Para quem aprecia tintos fortes.

Chardonnay – A mais conhecida uva branca, originária da Borgonha. Uva versátil, capaz de produzir vinhos de vários estilos. Boa parte dos rótulos envelhece em madeira, o que costuma emprestar notas de tostado e baunilha aos vinhos. Os exemplares sem passagem por madeira podem lembrar aromas de frutas, como a maçã verde.

Método Champenoise – Técnica trabalhosa e artesanal para obter as bolhas de dióxido de carbono (C02) que são a marca registrada dos espumantes. As cobiçadas bolhas são produzidas por meio da promoção de uma segunda fermentação alcoólica no interior da própria garrafa que será vendida ao consumidor. É a única técnica de produção autorizada para elaboração do mais famoso espumante do mundo, o Champagne. Também chamado de método clássico ou tradicional.

Método Charmat – Processo mais industrial do que o anterior no qual as borbulhas de gás carbônico são geradas numa segunda fermentação feita em grandes tanques de aço inox. Os espumantes feitos por esse método, embora menos valorizados, também podem ser bons.

Brut – Termo usado para designar espumantes secos (não-doces), com até 15 miligramas de açúcar residual por litro. Os meio-secos, mais raros, são denominados demi-sec. Os espumantes do tipo Asti são doces.

*Esta matéria, ainda que numa versão menor, foi originalmente publicada na edição de junho de 2008 da revista Claudia. As informações desta reportagem foram apuradas entre o fim de abril e início de maio deste ano. Algumas podem não estar mais totalmente atualizadas.

Print Friendly, PDF & Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *